Esta praça foi a primeira construída em Porto Velho, ainda povoada, pelo então Superintendente Fernando Guapindaia de Souza Brejense, em 1915 autorizado pelo Conselho Municipal (equivalente a Câmara).

Foi edificada sobre o charco barreiro das antas devidamente aterrado, conforme o projeto do construtor José Ribeiro de Souza Junior por ele executado.

Era atravessada em sua parte central por um trecho da rua José Bonifácio, interligando a rua Barão do Rio Branco à Avenida Sete de Setembro, esta interrompida por uma grande e profunda cratera alagada pelas águas do igarapé Favela, formando um imenso charco compreendido entre as Ruas Barão do Rio Branco ao Norte, a Prudente de Morais ao Oeste, General Osório ao Leste e a Sete de Setembro ao Sul. O trecho dava continuidade do trânsito da Sete de Setembro, prosseguindo pela Rua Barão do Rio Branco até a confluência com Rua Gonçalves Dias, retornando à Sete de Setembro em sua continuidade. (Essa cratera foi aterrada pelo governador do Território Cel. Ênio dos Sando Pinheiro, permitindo livre trânsito em todo percurso da avenida Sete de Setembro).

Concluída a construção da praça, solenemente inaugurada, sendo denominada praça Amazonas e as calhas d’águas anexas, Fonte Amazonas.

Esta denominação, em 1917, foi mudada por Dr. Joaquim Tanajura, para Praça Jonathas Pedrosa, em homenagem ao Município de Porto Velho.

criador do

No transcurso dos anos foram executadas reformas entre as quais a unificação das duas quadras, instalação de equipamentos modernos de iluminação, jardinagem e outros bens públicos, a tornando aprazível ponto de convergência da população.

Havia um constante zelo por sua manutenção higiênica e sua segurança, na década dos anos cinquenta do século vinte, um empresário instalou em seu redor um posto de gasolina. Por sua inconviniência e o risco que representava, foi determinada sua desativação.

Porém o relaxamento de sucessivas administrações do Município descompromissadas com a promoção do bem estar social, com a preservação do patrimônio material e cultural, contando com a conivência do legislativo, tem permitido sua depredação, e destruição, a exemplo a Praça Jonathas Pedrosa, transformada em reduto de marginais, ocupada por infectas barracas, e até a estátua do seu patrono, ninguém sabe , ninguém viu, simplesmente desapareceu.

Funcionou no edifício Josino Lemos a delegacia Regional do Departamento Nacional de Imigração criada em Abril de 1943, funcionou até 31 de maio de 1945, em coordenação com a comissão Administrativa de encaminhamento de trabalhadores para a Amazônia (CAETA). Recebeu e encaminhou para os seringais do atual espaço limitado pelo Estado de Rondônia, 4.543 trabalhadores, em cumprimento aos acordos de Washington (brasil/Estados Unidos da América do Norte – 03/03/1942).

A Delegacia em Porto Velho tinha como Delegado Dr. Joaquim Araújo Lima, cargo exercido, acumulando com o de diretor da estrada de Ferro Madeira-mamoré.


Fonte: Gente de Opinião/Abnael Machado de Lima, membro da Academia de Letras de Rondônia, historiador e professor universitário aposentado.

Fotos: Ariquemes online e Vitruvius

 

Responder