Saída do Real Madrid seria um caos para a imagem da Espanha, já abalada com os atos racistas. O brasileiro e seu empresário estão empolgados com a reviravolta

Aos 22 anos, no auge de sua forma técnica e física, qualquer grande clube do mundo, como Bayern, PSG, Manchester United, Tottenham, pagaria sem esforço R$ 13,3 milhões. 

Mas Vinícius Jr. vai seguir na Espanha.

Cumprir seu novo contrato que já havia deixado apalavrado, antes de os ataques racistas na Espanha chegarem ao auge.

As dúvidas, se ficaria até 2027, foram dissipadas.

Muito além das setes pessoas que foram detidas, fichadas e depois soltas, quatro por simularem seu enforcamento em Madri, colocando sua camisa em um boneco embaixo de uma ponte, e do trio que foi flagrado xingando-o de macaco na partida contra o Valencia.

Já foram algumas providências que lhe agradaram.

Mas, quanto à arquibancada Mario Kempes, que fica grudada ao gramado no estádio de Mestalla, foi fechada por cinco jogos. Seu cartão vermelho, que recebeu contra o Valencia, foi anulado. Além de o Valencia ser multado em 45 mil euros, cerca de R$ 241 mil.

E a demissão do árbitro de vídeo Iglesias Villanueva, que editou as imagens só da sua reação empurrando o rosto de Hugo Duro, atacante do Valencia, que havia lhe dado um “mata-leão”, agarrando-o pelo pescoço.

Carlo Ancelotti mais do que indicando a sequência no clube, técnico com quem tem relação paternal.

Além da proteção pública, que ele tanto queria, do presidente Florentino Pérez.

“O Real Madrid não vai mais tolerar incidentes racistas com nossos jogadores. Para isso, temos de mudar a estrutura de arbitragem para que a vítima não seja responsável pelo delito, como está acontecendo agora.

“A sociedade em que vivemos não merece os incidentes que vêm se repetindo com nosso jogador. O esporte é um ponto de encontro, de valores.”

Vivido, Pérez não queria conflito com a liga espanhola, que ele tanto apoia. Principalmente o presidente Javier Tebas.